Muitas vezes, nos pegamos torcendo por um vilão, mesmo sabendo que ele vai ser derrotado ou ser redimido no final. Batemos palmas para cada frase enfática pronunciada por Lord Vader (Star Wars), concordamos com a cabeça a cada análise fatalista feita por Magneto (Universo Marvel), e reiteramos as falas do Cap. Nascimento (Tropa de Elite), com um "é isso aí". Mas, por que isso acontece? Não era para odiarmos esses caras?
Na maioria das vezes, detestamos os vilões, como o Rei Joffrey (Game of Thones), e Sarumam e Sauron (O Senhor dos Anéis). Mas as vezes o tiro sai pela culatra, pois o antagonista é bem construído e nos cativa logo de saída, e, a partir deste momento, temos a inclinação a aceitar e corroborar suas ambições e atos. Vale lembrar, que na maioria dos textos, filmes e séries, o "herói" só surge quando o vilão já está estabelecido, por um fator de lógica, se o herói já é poderoso, ele pode antecipar e derrotar o vilão antes deste alcançar o auge, e aí não temos o clímax da obra.
Como o antagonista nos é apresentado primeiro, e já completamente formado, nos apaixonamos por ele, enquanto o herói vem nos cativando cena a cena, capítulo a capítulo. Outro ponto que desperta empatia sobre essa figura caótica, é quando, antes de se dedicar ao mal, ele passou por alguma situação que passamos ou que poderíamos ter passado, com isso automaticamente, nos vinculamos ao personagem.
Sendo assim, podemos concluir que, o vilão pode ser um ótimo personagem, desde que tratado com carinho, e que ele deve ter um papel bem claro no texto, ele pode ser uma praga em pessoa e muito detestável como Joffrey, que foi construído para isso, ou envolvente como o Conde Drácula (Drácula 2000), criado para encantar e nos redimir, de certa forma.

Concordo!!! O incrível é que pouco antes de ler o seu texto, estava eu e minhas colegas de trabalho conversando sobre um atual vilão de novela que está cativando todos os telespectadores, devido seus comentários e implicâncias com os demais personagens. Na maioria das vezes o mocinho de certas histórias se tornam tão chatos que o vilão vira o atrativo principal.
ResponderExcluirFazer um bom vilão para trama garante sempre que existirá dois lado na narrativa. Eu gosto quando isso acontece, pois deixa a obra, seja qual for o formato, muito mais rica.
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